Neste espaço, destaco o termo “Orientação Parental/Familiar” para enfatizar minha preocupação em reconhecer que a responsabilidade pelo cuidado de crianças ou adolescentes pode abranger diversos membros da família ou responsáveis legais, indo além dos pais biológicos. Além disso, compreendo que o processo não está necessariamente restrito aos pais, mas pode se estender a toda a família.
Assim, a orientação familiar se configura como um processo colaborativo entre a(o) psicóloga(o) e os responsáveis, no qual todos os manejos são discutidos e implementados levando em consideração os valores específicos de cada família e o que ela acredita ser viável na prática. Juntos(as), pensamos em estratégias para promover uma comunicação familiar empática e eficaz, além de abordar de maneira construtiva os conflitos e atender às necessidades emocionais, sociais e cognitivas das crianças e adolescentes em diferentes estágios do desenvolvimento.
A orientação familiar não se limita apenas aos(às) filhos(as); ela também cuida dos(as) responsáveis, uma vez que se configura como um espaço dedicado para discutirmos os desafios da parentalidade e as implicações emocionais de assumir a responsabilidade por outra pessoa. Este trabalho vai além do enfrentamento de desafios imediatos; trata-se de construir alicerces sólidos para o futuro. Ao investir na orientação, os(as) responsáveis não apenas enfrentam os desafios do presente, assumindo a parentalidade e lidando com conflitos familiares, como contribui de forma positiva para o caminho que seus(suas) filhos(as) seguirão.